e-Almanaque EtnoMatemaTicas Brasis

Apresentação

A revista e-Almanaque EtnoMatemaTicas Brasis preza uma perspectiva conceitualmente plural de diversidade. De origem brasileira, expressa uma leitura de Brasis no Brasil, mas não se restringe aos seus limites geográficos, pelo contrário, amplia-se nas perspectivas de expansão do Programa Etnomatemática. Por entender a Etnomatemática como um programa de pesquisa e, principalmente, como uma teoria geral do conhecimento, considera as diversas formas de gerar, compartilhar e difundir conhecimentos: EtnoMatemaTicas.

A revista refere conteúdos que, simultaneamente, buscam dar relevância à pluralidade, à diversidade e aos aspectos científicos do Programa Etnomatemática e áreas afins, promovendo diálogos e hiperligações entre o acadêmico e o não acadêmico, o olhar do pesquisador e o objeto olhado, formal e informal, textual, audiovisual, imagético… Sem frequência predefinida, a publicação seriada associa-se à ocorrência de eventos, temas, episódios específicos, dos quais se destacam informações constitutivas de conteúdos científicos variados, técnicos (principalmente os relativos à Educação) e mobilizadores de interesse pelas ciências e pelo sociocultural. Compromete-se com pelo menos uma publicação anual. Nesse sentido, busca também contribuir para a popularização da Ciência, especialmente da Etnomatemática, e da Tecnologia.

A revista e-Almanaque EtnoMatemaTicas Brasis caracteriza-se como um hiperdocumento de acesso livre ao universo da Etnomatemática, no qual co-habitam vários objetos de estudo. Nessa perspectiva, a publicação decorre do estabelecimento de parcerias entre a comunidade EtnoMatemaTicas Brasis e outros grupos nacionais e internacionais com visões, missões e/ou objetivos similares ou afins, a exemplo da Red Internacional de Etnomatemática (RedINET), no seu primeiro volume, e o International Study Group on Ethnomathematics (ISGEm) e a Red Internacional de Círculos y Festivales Matemáticos (CYFEMAT), no segundo. A maior implicação dessas parcerias temáticas e colaborativas é a imprevisibilidade para predefinir um perfil da publicação no que se refere às normas, especificamente quanto aos idiomas admitidos na submissão, mas aceita artigos em português, espanhol e inglês.

A história milenar dos almanaques reforça, ainda, a expectativa de que seja uma revista diferenciada, que possa complementar e ampliar a visibilidade da produção acadêmica com referência à Etnomatemática – sujeito, locus, contexto – e expor alguns aspectos das EtnoMatemaTicas sob o olhar e ação ética dos seus múltiplos colaboradores. 

Ademais, a revista e-Almanaque EtnoMatemaTicas Brasis busca ser também uma expressão artístico-cultural, de modo que possa servir de deleite ao leitor, atiçando curiosidades pelas EtnoMatemaTicas e reflexões acerca do respeito às diferenças de pensamento, de comportamento, de conhecimento, biológicas, ambientais, socioculturais, que se estabelecem na riqueza da diversidade.

O lançamento oficial da revista e-Almanaque EtnoMatemaTicas Brasis, quando recebe seu código ISSN, em 2024, foi escolhido para ocorrer em data comemorativa internacionalmente: o dia do 𝛑. É o incrível número 𝛑 trazendo festividades em torno da disciplina Matemática, mobilizando ações pedagógicas na Educação (Matemática). Em meio às festas, a revista publica sua primeira Edição Temática com o questionamento: Onde está 𝛑? O conteúdo leve e provocativo reúne produções de pesquisadores e educadores sobre suas pesquisas e práticas referenciadas no Programa Etnomatemática, sinalizando o caráter transdisciplinar e transcultural do 𝛑 e buscando respostas conscientes de que o 𝛑 está em todo lugar, no dia a dia. 

Nesse início de caminhada, a revista e-Almanaque EtnoMatemaTicas Brasis predefiniu orientações específicas relativas a um evento (Onde está 𝛑?, junho/2023) e a reflexões com base na questão-tema. Assim, considerou o aspecto quantitativo do 𝛑, enquanto conceito formalizado na Matemática, para dar ênfase ao raciocínio qualitativo. Ubiratan D’Ambrosio, em 2000, como citado na Edição Temática Onde está 𝛑? (p. 33), considera que essa ênfase tem a ver com a inteligência artificial (IA) e está em sintonia com o interesse  pelas etnomatemáticas.  Isso motivou os editores a ousarem incluir, quase um quarto de século depois, os resumos dos artigos como uma parcela de contribuição da IA na experiência inaugural da revista.

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